Palhetas

O segredo para as palhetas: experimente!
Experimente diversos tipos, marcas, numerações e materiais de palhetas.
E assim, encontrará a que mais se adequa à você e ao seu gosto. 

Caso seja iniciante, sugiro que comece com uma palheta número dois. Falando de forma genérica, esta é uma numeração intermediária para se começar e na minha opinião a numeração ideal inicial. 

Nas lojas de música se vende palhetas de numeração 1,5, no entanto eu não não as recomendo pois são muito leves.
Compre uma palheta número 2 de cada marca, inicialmente umas quatro marcas. Vá tocando e sentirá naturalmente a que te agrada mais. Será um processo natural de você perceber como está soando.

Todo o processo ao meu ver para ser bem sucedido precisa ser prazeroso, ter atenção aos detalhes e este realmente é o caso de se escolher palhetas:  é necessário INVESTIR um tempo nesta questão que é FUNDAMENTAL. 

Eu particularmente já usei palhetas de fibra de marcas diferentes, já usei também de bambu e nesses entremeados em momentos diferentes alternei em preferir fibra, bambu, fibra de novo, bambu…. Moral da história: nós estamos em plena mudança e isso é saudável. O o mais importante é entender que a pesquisa jamais pode parar. 
Eu sempre uso todas as palhetas da caixa, não fico medindo se está legal ou não. Uso tudo mas é uma escolha minha. Penso que se eu conseguir me adaptar em situações adversas será melhor do que sempre escolher a melhor da caixa. Isso é uma coisa extremamente pessoal. 

Tive algumas experiências bem engraçadas com palhetas como passar base (aquela que se usa nas unhas) para deixar uma palheta mais dura ou fazer com que a saliva demorasse mais para corroe-la. Já coloquei dentro do congelador, atrás da geladeira, cortei a ponta para ficar mais dura, raspei com lâmina de barbear para deixar menos dura… Já fiz de tudo, foram experiências e mais experiencias ao longo de todos esses anos e tudo isso me fez chegar até aqui. 

Particularmente, eu usava uma palheta até ela quebrar, não tinha dinheiro pra comprar outra. Colocava a palheta mais pra dentro em relação a ponta da boquilha pra ela ficar mais dura e ter mais vida útil. Fui descobrindo muitas coisas, tudo era por uma questão de necessidade uma vez que quando queremos, quando precisamos e sem recursos financeiros nós começamos a inventar soluções, a ir atrás do que conseguimos fazer com o que temos. 
Por isso é importante não se abater com a primeira ou vigésima dificuldade. Siga em frente. Siga sempre em frente. 

Hoje em dia vou guardando as palhetas que teoricamente não me servem mais (para mim), e elas tem alguns destinos, geralmente vão para doação. Para um aluno que não pode comprar ou uma orquestra de crianças e/ou adolescentes sem recursos. Obviamente antes da doação passam por uma “esterilização” e são avisados que já foram usadas mas sempre são aproveitadas, até porque hoje vivemos em um mundo que nada se joga fora, tudo esta custando uma fortuna e se podemos ajudar ao próximo, por quê não? Sempre importante escolher suas palhetas com critérios, mas as que não te servem podem servir a alguém. Lembre-se disso.

Seguindo no mesmo pensamento de escolher, experimentar e compartilhar, vamos fortalecendo o sentimento que não pode parar: o sentimento de que a música e nós como músicos somos agentes nessa mudança que tanto almejamos. 

Consciência e empatia, podem ser aplicados em qualquer situação, inclusive  em algo tão específico como na escolha e no descarte de suas palhetas.
Nunca é demais pensar em alguém que precisa ser ajudado para conseguir realizar o sonho de tocar seu instrumento. 

WM

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